A inadimplência de recursos livres entre pessoas físicas deve crescer para 6,17% em junho de 2025, representando um aumento de 0,22 pontos percentuais em relação aos 5,95% registrados em abril, segundo projeção econométrica divulgada pelo IBEVAR (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo) em parceria com a FIA Business School. O estudo, baseado em dados do Banco Central do Brasil coletados entre setembro de 2015 e abril de 2025, aponta que a tendência de alta deve se manter nos meses seguintes, com estimativas de 6,24% para julho e 6,26% para agosto.
O cenário se mostra mais otimista quando considerada a inadimplência total de pessoas físicas, que inclui tanto recursos livres quanto direcionados. Para junho de 2025, a projeção indica uma taxa média de 3,93%, ligeiramente inferior aos 4,08% registrados em abril. Esta categoria apresenta expectativa de estabilidade, com projeções de 3,96% para julho e 3,95% para agosto, mantendo-se em patamares próximos ao atual.
A metodologia utilizada pelos pesquisadores considera inadimplência como o percentual da carteira de crédito com pelo menos uma parcela em atraso superior a 90 dias. No caso dos recursos livres, são excluídas operações com taxas regulamentadas ou vinculadas ao BNDES e outros recursos governamentais, refletindo mais diretamente as condições do mercado de crédito privado. Os intervalos de confiança da pesquisa sugerem que a inadimplência de recursos livres pode variar entre 5,82% e 6,53% em junho.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, Presidente do IBEVAR e Professor da FIA Business School: “O aumento projetado na inadimplência de recursos livres sinaliza maior pressão sobre o sistema financeiro nacional e pode refletir o impacto de fatores econômicos sobre a capacidade de pagamento dos consumidores brasileiros. A diferença entre as projeções dos dois indicadores – com recursos livres apresentando tendência de alta e a inadimplência total mantendo estabilidade – sugere que o crédito direcionado continua desempenhando papel importante na manutenção de níveis gerais de inadimplência mais controlados.”
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TARSIANE DE SOUSA SANTOS
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